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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Anais do 3º Enprocult são disponibilizados na rede

Público acompanha sessão de trabalho. Foto: Carla Galrão
As sessões de trabalhos do 3º Enprocult contaram com 26 apresentações, divididas nos eixos de Formação, Gestão Cultural e Produção Cultural. A fim de universalizar as produções dos participantes, lançamos os anais do evento em um portal online. Os trabalhos podem ser baixados aqui. O perfil do evento no site apresenta também outros documentos, como os roteiros utilizados pelos palestrantes nas mesas de debate.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Plenária oficializa Natal como sede do 4º Enprocult

Foto: Paulo Fuga / Ascom IFRN

 Por Adriana Santana*

A Plenária do 3º Enprocult, intitulada Plenária Itamar Ferreira, selou o final das atividades do encontro na manhã de 4 de outubro, sexta-feira. Discussões sobre o futuro do evento, perspectivas para a área e o registro da passagem do Enprocult para o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) marcaram a atividade.

Ugo Mello iniciou a plenária prestando homenagem a Itamar Ferreira, estudante de Produção Cultural da UFBA assassinado em Salvador neste ano. O jovem é símbolo da luta pela diversidade e fim dos preconceitos diversos, especialmente raciais e de gênero, por quais levantava bandeira. Na sequência, foi apresentada a proposta da “Carta de Salvador – Carta Aberta dos Produtores Culturais como resultado das discussões do 3º Encontro Nacional de Produção Cultural”, que deve ser utilizada em situações de divulgação e reconhecimento das formações. O documento oficial, que será lançado em novembro, apresentará a área de atuação dos produtores, competências e características dos cursos, afim de pleitear a valorização e reconhecimento profissional.

Assim que o microfone foi aberto ao público, diversos participantes fizeram contribuições. Estudantes da Universidade Federal Fluminense (UFF) defenderam que o evento deve atender de forma mais efetiva os interesses dos graduandos. “Não podemos perder de vista o fato de que é um encontro de estudantes, portanto, os momentos de diálogo devem ter mais espaço na programação, para que estejamos sempre em contato”, apontou Thiago Piquet. “Achamos que falta o nome ‘estudantes’ no título do encontro. Ele deve ser o Encontro Nacional de Estudantes de Produção Cultural”, completou Anatália Pedro. Valéria Pinheiro indicou a necessidade de criação de um evento voltado para profissionais da área, em uma perspectiva mercadológica, e se predispôs a lançar tal proposta em Fortaleza (CE), onde atua. Gláucio Teixeira, do IFRN, questionou se, ao invés de criar um novo encontro nacional para o setor, não seria mais interessante o surgimento de encontros estaduais de Produção Cultural.

Depois do debate, a atividade partiu para o momento mais aguardado: a passagem do encontro para a cidade de Natal (RN). Os alunos responsáveis pela organização, juntamente com a coordenadora do curso, Mary Land Brito, participaram da entrega do Tangram, símbolo do evento, oficializando a responsabilidade de o IFRN Cidade Alta sediar a 4º edição do Enprocult, em 2014. “Muito bom esse momento que passamos juntos e estreitamos laços, debatemos, rimos e exercitamos nossa paciência. Foi maravilhoso ver a empolgação e o empenho de vocês em trazer para Natal o congresso no ano que vem. Vocês têm total condição de fazer um lindo evento. Mãos a obra!”, vibrou Mary Land, em direção ao grupo de mais de 40 alunos potiguares que compareceram ao evento de Salvador.

* com contribuição de Paulo Fuga / Ascom IFRN

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Experiência comunitária é compartilhada na vivência no Centro Cultural Plataforma

Foto: Vanice da Mata
Por Elba Caroline

O Centro Cultural Plataforma (CCP), localizado na região do Subúrbio Ferroviário de Salvador, foi um dos locais das vivências no último dia do Enprocult. O CCP era um antigo cine-teatro, que foi bastante frequentado pelos moradores locais, mas fechou suas portas por conta da decadência dos cinemas de bairro na capital baiana na segunda metade do século XX. Após 20 anos de fechamento, o espaço foi recuperado pela mobilização dos artistas do bairro e reabriu suas portas em 8 de junho de 2007.

O Centro é mantido pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-Ba) e realiza diversas atividades culturais ligadas a múltiplas linguagens artísticas, como teatro, dança música, cinema e leitura, para população do Subúrbio Ferroviário. Para auxiliar na coordenação e gestão do centro, foi criado o Fórum de Arte e Cultura do Subúrbio, formado por grupos culturais, artistas e moradores da região, com o objetivo de manter a organização e o funcionamento do espaço de forma dinâmica e fazer com que cumpra o seu papel no bairro, mantendo a relação do equipamento com o território de identidade. O Centro Cultural Plataforma é bem equipado, com 206 lugares – sendo três assentos para pessoas com deficiência –, e atua como um agente social, desempenhado a função de mediador entre os artistas locais, o cenário cultural soteropolitano e a comunidade do Subúrbio Ferroviário.

A vivência no espaço se deu por uma roda de bate-papo no palco do teatro entre o assistente de coordenação, Marcio Barcelar, e os participantes do 3º Enprocult. Durante a conversa, foi apresentado o funcionamento do espaço e discutida a relação com a comunidade e os projetos desenvolvidos no Centro. O Caldeirão Cultural é um dos projetos mais reconhecidos do espaço e que atrai bastante público na época de sua realização. Trata-se de apresentações de diversos artistas da comunidade que mostram seus trabalhos e constroem uma relação de troca e diálogo com outros grupos. Hoje o CCP possui cerca de nove grupos residentes.

Após o bate-papo sobre o funcionamento do Centro, ocorreu uma visita guiada entre as instalações do espaço, foi apresentado o palco, cabine de som, camarim, salas de ensaio, quintal e foyer. Logo depois, os participantes do 3º Enprocult pegaram o barco no terminal de Plataforma e fizeram a travessia para a Ribeira, com vista para a Baía de Todos os Santos, onde fecharam a vivência tomando o tradicional sorvete do bairro, considerado o melhor de Salvador.

Vivência no TCA é um dos destaques do último dia do Enprocult

Foto: Carla Galrão

Por Rayssa Guedes, colaboradora da Agenda Arte e Cultura UFBA

Na última tarde do evento, 4, rolou uma visita a um dos mais importantes equipamentos culturais de Salvador e da Bahia: o Teatro Castro Alves (TCA). Famoso por abrigar a Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) e um elogiado corpo de dança, o Balé TCA, o espaço é palco para as mais diversas e importantes apresentações culturais. Música, dança, teatro, vernissages e exposições são alguns dos segmentos que o teatro contempla em sua pauta de apresentações.

Cerca de 30 pessoas, entre elas estudantes e profissionais de Produção Cultural, compareceram à visita realizada pelo 3º Enprocult. Manoel Caramugi recepcionou e coordenou a visitação aos ambientes do teatro e, num clima descontraído com o grupo, mostrou e explicou cada detalhe e função destes espaços. O vão livre, o foyer, a sala principal, as coxias, a famosa Concha Acústica e a Sala do Coro foram algumas das dependências que os visitantes puderam conhecer e entender o funcionamento. Além disso, o grupo teve contato com espaços técnicos como as salas do figurino, artesanato, carpintaria e cenografia.

Rose Lima, diretora artística do TCA, finalizou a vivência apresentando programas, oficinas e apresentações oferecidas pelo teatro. Entre eles, destacam-se o Domingo no TCA, programa mensal que oferece programação aos domingos a preço popular (por R$ 1,00 a inteira e R$ 0,50 a meia-entrada); o Conversas Plugadas, no qual acontece um bate-papo com profissionais da área (sejam produtores, diretores, técnicos etc.); além da OSBA e o corpo de dança já citados. Rose ainda destacou a importância do TCA para a produção, a pesquisa e a qualificação em áreas artísticas.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Teatro Vila Velha acolhe participantes em uma das vivências

Foto: Paulo Fuga / Ascom IFRN
Por Adriana Santana

Um dos encontros de vivência promovidos pelo 3º Enprocult ocorreu no Teatro Vila Velha (TVV). A atividade, considerada uma das mais importantes do evento, colocou o público em contato com a gestão de diferentes espaços culturais de Salvador. No Vila Velha, estudantes e produtores de Fortaleza, Natal, Santos, Niterói, Rio de Janeiro e do interior da Bahia, entre outros, foram recebidos pelos anfitriões Sônia Robatto, fundadora do teatro, Ângela Andrade, diretora geral, e Marcio Meirelles, diretor artístico.

A história do espaço, os projetos e grupos residentes foram apresentados aos participantes, que se mostraram empolgados. “Acho a visita importante porque a gente acaba fazendo intercâmbio com as experiências que já conhece, para somar e trazer para um espaço de troca”, apontou Gregory Combat, da Universidade Federal Fluminense (UFF). Do ponto de vista histórico, os gestores lembraram que o teatro, inaugurado em 1964, serviu como ponto de apoio para os artistas durante a Ditadura Militar. Rememoraram ainda o início das carreiras de Gal Costa e Maria Bethânia naquele local, bem como as apresentações dos Novos Baianos, Tom Zé, Gilberto Gil e Caetano Veloso – esses últimos que, inclusive, fizeram shows beneficentes em prol do teatro.

Do ponto de vista de gestão, o equipamento, que recebe anualmente cerca de 450 apresentações, é mantido a partir de diversas fontes. 40% da receita é proveniente do estado da Bahia, através da chamada pública Apoio às Ações Continuadas de Instituições Culturais, 30% da manutenção é custeada pelo patrocínio direto da Petrobrás, enquanto o restante da receita fica por conta da autogestão – projetos que são desenvolvidos e bilheteria. Há alguns anos, foi criada a campanha “De graça não tem graça”, para incentivar o público a pagar pelos ingressos, diminuindo assim a cota de convites e estimulando a conscientização de que o teatro deve sobreviver de bilheteria, se afastando assim da dependência das leis de incentivo.

Após o bate-papo, os participantes circularam pelas dependências do espaço cultural. Palco, bastidores, estúdio, centro de documentação, administração... nada ficou imune aos olhares curiosos dos produtores. Por fim, todos receberam de lembrança postais e um dos CDs gravados no teatro, para não esquecerem a visita.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Última mesa de debates apresenta novas perspectivas para a Produção Cultural

Foto: Virgínia Andrade

Por Leandro Souza e Natália Cunha

Para a terceira e última mesa do 3° Enprocult, realizada na manhã do dia 4 de outubro, a discussão girou em torno das Novas Perspectivas para o Produtor Cultural. No debate, estavam presentes os produtores Messias Bandeira, professor do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências da UFBA (IHAC) e pesquisador em Cultura Digital, Piti Canella, da Itaipava Arena Fonte Nova, e DJ Branco, apresentador do programa Evolução Hip-Hop, da Rádio Educadora. Com a mediação da produtora cultural Gleise Oliveira, as falas tiveram por foco a Produção Cultural nos grandes eventos, nas periferias e a relação da música na Cultura Digital.

Messias Bandeira, primeiro palestrante da manhã, falou sobre música e o quanto ela foi o primeiro segmento cultural que conseguiu se consolidar enquanto indústria. Assumidamente militante do processo de compartilhamento de bens culturais e livre acesso à informação, Messias acredita que há novas formas de produzir e experimentar a cultura, como compartilhamento de dados através das novas tecnologias e o processo de dessacralização da indústria do disco. Falou também da importância de pensar a música fora da indústria fonográfica e das implicações da mesma nos direitos autorais e no ECAD. Por fim, falou sobre a experiência do Digitalia, evento coordenado por ele que alia debates e produções voltadas para a área da música e da Cultura Digital.

Relatando uma experiência partilhada do movimento hip-hop com o Festival Internacional Vivadança de 2009, DJ Branco afirmou que “o hip-hop dialoga com o mundo”. Segundo ele, esse movimento ainda é mal visto pela sociedade e pelos grandes veículos de comunicação, o que dificulta a área, mas que é necessário o rompimento de paradigmas e estereótipos acerca dessa cultura. Isso está sendo realizado através da criação de uma rede de serviços e persistência para ocupar novos espaços através de parcerias, tais como a Revista Rap Nacional e programa na Rádio Educadora da Bahia, intitulado Evolução Hip-Hop.

Na última fala da mesa, Piti Canella apresentou sua trajetória como produtora cultural e os motivos que levaram a ser convidada para gerenciar o segmento de eventos culturais da Arena Fonte Nova, espaço multiuso financiado por uma parceria público-privada. Segundo a produtora, que iniciou seu trabalho na área de Tecnologias da Informação, “profissionalizar a área é o caminho”.

AgenciAÇÃO marca segunda noite de apresentações culturais

Foto: Caah Galrão

Por Natália Cunha

Na segunda noite, 3 de outubro, a festa AgenciAÇÃO, que é produzida semestralmente pela Agência Experimental em Comunicação e Cultura, instância acadêmica da FACOM/UFBA, animou os participantes do Enprocult. As várias atrações da noite foram diversificadas e fizeram o som rolar até um pouco mais tarde.

Para abrir a noite, a Associação de Capoeira Engenho interagiu de forma divertida com os participantes, chamando-os para jogar e dançar com os integrantes. Ao término da apresentação, a cantora de MPB Jadsa Castro cantou várias músicas, ao som de seu violão e dos aplausos do público. Entre a cantora e o encerramento da festa, aconteceu uma intervenção artística do ator Paulo Paiva. O ponto alto da noite foi a discotecagem do DJ Branco, palestrante da mesa "Novas Perspectivas para a Produção Cultural".

A festa de encerramento do Encontro Nacional de Produção Cultural acontecerá nesta sexta-feira, 4, no Pelourinho, a partir das 20h. A abertura será de Exoesqueleto e a festa encerrá com a banda Cascadura. A entrada é gratuita, então cheguem cedo para garantirem seu lugar!