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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Teatro Vila Velha acolhe participantes em uma das vivências

Foto: Paulo Fuga / Ascom IFRN
Por Adriana Santana

Um dos encontros de vivência promovidos pelo 3º Enprocult ocorreu no Teatro Vila Velha (TVV). A atividade, considerada uma das mais importantes do evento, colocou o público em contato com a gestão de diferentes espaços culturais de Salvador. No Vila Velha, estudantes e produtores de Fortaleza, Natal, Santos, Niterói, Rio de Janeiro e do interior da Bahia, entre outros, foram recebidos pelos anfitriões Sônia Robatto, fundadora do teatro, Ângela Andrade, diretora geral, e Marcio Meirelles, diretor artístico.

A história do espaço, os projetos e grupos residentes foram apresentados aos participantes, que se mostraram empolgados. “Acho a visita importante porque a gente acaba fazendo intercâmbio com as experiências que já conhece, para somar e trazer para um espaço de troca”, apontou Gregory Combat, da Universidade Federal Fluminense (UFF). Do ponto de vista histórico, os gestores lembraram que o teatro, inaugurado em 1964, serviu como ponto de apoio para os artistas durante a Ditadura Militar. Rememoraram ainda o início das carreiras de Gal Costa e Maria Bethânia naquele local, bem como as apresentações dos Novos Baianos, Tom Zé, Gilberto Gil e Caetano Veloso – esses últimos que, inclusive, fizeram shows beneficentes em prol do teatro.

Do ponto de vista de gestão, o equipamento, que recebe anualmente cerca de 450 apresentações, é mantido a partir de diversas fontes. 40% da receita é proveniente do estado da Bahia, através da chamada pública Apoio às Ações Continuadas de Instituições Culturais, 30% da manutenção é custeada pelo patrocínio direto da Petrobrás, enquanto o restante da receita fica por conta da autogestão – projetos que são desenvolvidos e bilheteria. Há alguns anos, foi criada a campanha “De graça não tem graça”, para incentivar o público a pagar pelos ingressos, diminuindo assim a cota de convites e estimulando a conscientização de que o teatro deve sobreviver de bilheteria, se afastando assim da dependência das leis de incentivo.

Após o bate-papo, os participantes circularam pelas dependências do espaço cultural. Palco, bastidores, estúdio, centro de documentação, administração... nada ficou imune aos olhares curiosos dos produtores. Por fim, todos receberam de lembrança postais e um dos CDs gravados no teatro, para não esquecerem a visita.

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