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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Última mesa de debates apresenta novas perspectivas para a Produção Cultural

Foto: Virgínia Andrade

Por Leandro Souza e Natália Cunha

Para a terceira e última mesa do 3° Enprocult, realizada na manhã do dia 4 de outubro, a discussão girou em torno das Novas Perspectivas para o Produtor Cultural. No debate, estavam presentes os produtores Messias Bandeira, professor do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências da UFBA (IHAC) e pesquisador em Cultura Digital, Piti Canella, da Itaipava Arena Fonte Nova, e DJ Branco, apresentador do programa Evolução Hip-Hop, da Rádio Educadora. Com a mediação da produtora cultural Gleise Oliveira, as falas tiveram por foco a Produção Cultural nos grandes eventos, nas periferias e a relação da música na Cultura Digital.

Messias Bandeira, primeiro palestrante da manhã, falou sobre música e o quanto ela foi o primeiro segmento cultural que conseguiu se consolidar enquanto indústria. Assumidamente militante do processo de compartilhamento de bens culturais e livre acesso à informação, Messias acredita que há novas formas de produzir e experimentar a cultura, como compartilhamento de dados através das novas tecnologias e o processo de dessacralização da indústria do disco. Falou também da importância de pensar a música fora da indústria fonográfica e das implicações da mesma nos direitos autorais e no ECAD. Por fim, falou sobre a experiência do Digitalia, evento coordenado por ele que alia debates e produções voltadas para a área da música e da Cultura Digital.

Relatando uma experiência partilhada do movimento hip-hop com o Festival Internacional Vivadança de 2009, DJ Branco afirmou que “o hip-hop dialoga com o mundo”. Segundo ele, esse movimento ainda é mal visto pela sociedade e pelos grandes veículos de comunicação, o que dificulta a área, mas que é necessário o rompimento de paradigmas e estereótipos acerca dessa cultura. Isso está sendo realizado através da criação de uma rede de serviços e persistência para ocupar novos espaços através de parcerias, tais como a Revista Rap Nacional e programa na Rádio Educadora da Bahia, intitulado Evolução Hip-Hop.

Na última fala da mesa, Piti Canella apresentou sua trajetória como produtora cultural e os motivos que levaram a ser convidada para gerenciar o segmento de eventos culturais da Arena Fonte Nova, espaço multiuso financiado por uma parceria público-privada. Segundo a produtora, que iniciou seu trabalho na área de Tecnologias da Informação, “profissionalizar a área é o caminho”.

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